terça-feira, 23 de agosto de 2011

ESPAÇOS DE DIÁLOGOS: PÉ DENTRO PÉ FORA


A Rede de Educação Cidadã Acre através de seus educadores e educadoras, voluntários que se fazem presentes nas bases, estão dentro dos mais diversos espaços de diálogos entre a sociedade civil e o poder publico e a RECID-AC esta dentro do espaço de dialogo da conferencia de segurança alimentar e nutricional com 8 delegados que iram representar a rede na conferencia estadual.

Geesse “Branco” – Rio Branco

Dolores – Rio Branco

Felomena “Mena” – Rio Branco

Maico – Epitacilandia

Alefe – Brasiléia

Andréi – Epitaciolandia

Cleudo – Plácido de Castro

Zelio – Sena Madureira

A 3ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, foi realizada em Rio Branco nos dias 25 e 26 de Agosto na faculdade da Amazônia Ocidental – FAAO. Com Tema: Alimentação Adequada e Saudável: Direito de todos.

A rede de educação cidadão foi uma das entidades responsável pela organização das conferências municipais e Estadual, na conferência estadual os educadores/as da rede com seu irreverente fizeram a animação do encontro que foi bem positivo.

Na conferência estadual a rede de educação cidadã elegeu para conferência nacional em Salvador – BA cinco (5) delegados que irão representar a rede.

”Ninguém nasce feito, é experimentando-nos no mundo que nós nos fazemos”

(Paulo Freire)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A TERRA TEM QUE SER DO POVO, TERRA PRA QUEM PRECISA DE TERRA!

Devido às dificuldades, as ameaças e consntes liminares de despejo no sul do Amazonas, a Comissão Pastoral da Terra – CPT Acre, CNS, e STR de Boca do Acre, resolveram organizar um acampamento com aproximadamente 400 produtores rurais para reivindicar: legalização fundiária da terra, crédito, assistência técnica, crédito habitação dentre outros. Desde segunda feira os extrativistas ocuparam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do município de Boca do Acre (a 1.028 quilômetros de Manaus), no sul do Amazonas. E como a Rede de Educação Cidadã Acre é parceira tanto da CPT, quanto de Educadores que trabalham as bases em Boca do Acre os Educadores Contratados Joana Marice e Rafael Lima foram ajudar nos trabalhos deste movimento em prol dos menos favoráveis.

Baseado em dados do INCRA e segundo estudo de Gerson Teixeira, o latifúndio aumenta na região amazônica como um todo.Na sede do Incra há produtores vindos das comunidades Seringal Bom Lugar, Mapongapá, Praia do Inferno, Nova Axioma, Redenção, Macapá, Floresta do Acre, Entrerio, Pirapora e Andirá. Há também ribeirinhos que vivem na R

eserva Extrativista Arapixi e na Flonas (Florestas Nacionais) Mapiá-Nauini e Purus.

Os produtores rurais alegam que a demora do Incra em regularizar suas terras tem aumentado a invasão de áreas da União por parte dos grileiros. Darlene Braga Coordenadora da CPT Regional Acre e que também atua no sul do Amazonas informa que não há data para os produtores rurais desocuparem a sede do Incra em Boca do Acre.

Na terça feria (ontem) aconteceu uma reunião com representantes do ITEAM, INCRA, Prefeita de Boca do Acre, Câmara dos vereadores, para discutir e encaminhar as reivindicações dos trabalhadores. Como não foi satisfatória as negociações e o representante do Terra Legal não estava presente, o acampamento continua. “A gente só vai sair quando representantes do Incra e do Terra Legal comparecer para conversar com os produtores”.

Outra reivindicação dos produtores é que os recursos do governo federal destinados à construção de 140 casas sejam, de fato, liberados aos produtores. INCRA e nem Instituto Chico Mendes ICMBIO não se entendem. Quem está sendo prejudicado é o produtor que precisa das casas.

“A humildade exprime, uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém (Paulo Freire)”

sábado, 13 de agosto de 2011

O NORTE UNIDO SONHA E VIVENCIA UMA NOVA EDUCAÇÃO: EDUCAÇÃO POPULAR, SIM PODEMOS!

Em terras de Chico Mendes, um dos maiores lutadores da floresta e dos seringueiros, na Chácara Pedra Linda, dos dias 04 a 07 de agosto aconteceu o VII Encontro Regional da Recid Norte. Com o tema educação popular: caminhos e saberes dos povos amazônicos. O objetivo do encontro foi de conhecer e refletir acerca da conjuntura da educação na região Norte, assim como aprofundar a educação popular na perspectiva de políticas publicas para fortalecer as bandeiras de lutas na Amazônia.

O primeiro dia do encontro foi marcado pela acolhida dos educadores e educadoras, que chegaram em clima de festa, onde os anfitriões conduziram todo esse processo, trazendo na mística a saga dos seringueiros e suas lutas, que mesmo no frio atípico do Estado a turma soube manter aquecida a chama das lutas dos povos Amazônidas.

No dia seguinte, ainda naquele clima friozinho, começamos o dia chamando os espíritos da sabedoria e do conhecimento, através do ritual indígena de purificação, para nos iluminar estes dias de estudos e partilha. Em seguida houve a partilha dos Estados com um olhar sobre a educação formal. Os resultados desta partilha foram os seguintes: Estados da região norte com índices educacionais desfavoráveis em relação às outras regiões do país; Proliferação de faculdades particulares “de fins de semana”; Recursos orçamentários não condizentes com a necessidade da região. A maioria dos estados não aplica adequadamente os recursos destinados à educação;

Na tarde deste dia tivemos um olhar mais amplo sobre a educação e as lutas de Recid, Educação Popular como Política Pública: caminhos possíveis para a mudança. Tendo como facilitadores, Lucio Centeno educador do CAMP e Pedro Pontual da Secretaria Geral da Presidência da Republica, cada um com seu olhar nos trouxeram algumas inquietações começando pelo nosso desafio que é compreender a análise de conjuntura no sentido amplo, para além da educação; perceber como os atores e atrizes estão se movimentando; onde aconteceu a ruptura do modelo neoliberal para popular; a relação da educação formal com educação popular. Paulo Freire nunca fez a separação da educação popular fora da escola; As práticas educativas não se desenvolvem apenas a partir da escola, mas através de movimentos sociais, partidos políticos, comunidades; Esse quadro educacional é fruto de um modelo de desenvolvimento no Brasil e requer mudanças no econômico, cultural, ambiental, social; As práticas educativas têm que estar relacionadas com as outras praticas a sala de aula sozinha hoje não atrai mais ninguém; Construção de um movimento social capaz de pautar na agenda pública, nas políticas públicas, a grande tarefa dos educadores é continuar a luta nos movimentos sociais pela educação.

Na noite tivemos presença do companheiro Iremar, que conduziu o debate sobre o Marco Regulatório. Onde falou sobre a influência do marco no trabalho dos movimentos principalmente os que dependem de recursos de convenio dos governos ou de instituições internacionais.

No dia seis tivemos o momento das “colocações” onde cada Estado em forma de carrossel trouxe um pouco de sua organicidade, de suas bandeiras de lutas e as experiências mais expressivas.

Onde no debate mais amplo, com Vera Lucia (TN), Francy Jr. e Carmelita (CN), como facilitadoras que nos mostraram quais os pontos fortes da Recid Norte e as bandeiras mais expressivas, como: Educação Popular, Economia Solidaria e Direitos Humanos.

A noite cultural foi marcada por uma apresentação da Quadrilha Sassaricando na Roça, tivemos comidas típicas dos Estados, foi uma noite de confraternização, troca de saberes e sabores.

O ultimo dia foi marcado por muitas emoções entre elas a ida até Cobija /Pando/ Bolívia, onde fomos conhecer a ONG Herencia no intercâmbio com jovens militantes da luta em prol da defesa da Amazônia. Seguimos viagem até Xapuri, terra de Chico Mendes, onde podemos beber da magia daquele lugar, tivemos momentos de fortes emoções, conhecendo um pouco mais da vida deste guerreiro defensor da natureza e dos direitos dos povos da floresta, encerrando ali, ao lado de onde morreu Chico, nossos momentos de materialização da mística que nos envolve.